Militares pertencentes ao 7º Pelotão de Meio Ambiente e Trânsito - 5ª CIA PM IND MAT foram solicitados por populares para recolherem um animal da fauna silvestre que se encontrava solto no centro de LIMEIRA DO OESTE/MG.
No local, os militares verificaram que se tratava de um TAMANDUÁ-BANDEIRA e que não estava ferido. O mesmo foi recolhido e solto em uma reserva florestal, distante da cidade.
Posteriormente, os militares foram solicitados a comparecerem na Praça Padre Ângelo, centro de ITURAMA/MG, pois no local havia uma ave da espécie ARARA CANINDÉ. Os militares constataram que a ave estava com as penas da asa direita cortada, sendo recolhida e encaminhada para um médico veterinário, o qual se encarregou de cuidar da mesma, visando posterior soltura no seu habitat natural.
Possui garras poderosas, usadas para escavar e são potentes armas de defesa contra seus predadores (onça e suçuarana). Alimenta-se de formigas, cupins e larvas de besouros, chegando a devorar mais de 30.000 insetos por dia. É um animal solitário e raramente é visto aos pares. A gestação é de 190 dias, ocasião em que nasce apenas um filhote. A mãe o carrega nas costas até um pouco depois do desmame (de 6 a 9 meses).
São ativos durante o dia e à noite, dependendo da temperatura do ambiente, das chuvas e da proximidade com núcleos urbanos. Está ameaçado de extinção, principalmente pelo homem, devido o crescimento da população humana e o avanço da agropecuária no cerrado. A caça também reduziu significativamente sua população. As queimadas criminosas também são fatais ao tamanduá-bandeira, pois seu pêlo é altamente inflamável.
A ARARA-CANINDÉ é uma das mais conhecidas tipos de araras. Possui o bico preto alto e curvo adaptado para cortar sementes duras e uma plumagem caracterizada principalmente pelo azul de suas asas e pelo amarelo de seu ventre.
Voa aos pares ou até mesmo num grupo com três, podendo este último ser um filhote. Para reproduzirem formam casais que permanecem fiéis por toda vida. Só dá cria a cada dois anos, colocando em média 02 ovos. Os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais que regurgitam o alimento em seus bicos.
As ARARAS sofrem com o tráfico da fauna silvestre devido sua beleza e diversidade de cores que desperta o interesse de pessoas no mundo todo. Quando são caçadas para a venda, as árvores que possuem ninhos costumam ser derrubadas, prejudicando a reprodução de diversas espécies de aves que utilizam o mesmo ninho em épocas reprodutivas diferentes. Além da caça para a comercialização, sofrem com a contínua destruição do habitat.
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