sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ave símbolo do Pantanal Mato-Grossense é encontrada no município de Pratinha/MG



O proprietário da fazenda Cachoeira, município de Pratinha/MG encontrou uma grande e bela ave próxima à sede da fazenda. Diante dos fatos, o mesmo acionou a Polícia Militar de Meio Ambiente de Ibiá/MG que ali compareceu e constatou que a ave estava bastante debilitada, sendo recolhida e encaminhada para a sede do IBAMA, em Uberlândia/MG, onde recebeu os cuidados veterinários. Este foi o primeiro relato da existência do tuiuiú na região.

Saiba mais sobre o tuiuiú...

Símbolo do Pantanal Mato-Grossense e considerada a maior ave voadora do Brasil, o tuiuiú é conhecido também por jaburu, jabiru, tuiuguaçú, tuinim, tuim-de-papo-vermelho (Mato Grosso), cauauá (Amazônia), tuiuiú-coral e jaburu-moleque. A palavra “jaburu” em tupi-guarani é uma alusão ao modo de andar da ave, “da que é inchada”...

O tuiuiú é uma ave grande, que chega a 2,50 metros de envergadura e 8 kg de peso. Tem coloração toda branca, com a cabeça e pescoço nus e negros, o longo pescoço com uma parte da base vermelha, uma faixa vermelha, em contraste ao grande bico quase negro, e levemente curvado para cima.

É grande voadora, pois se eleva a grande altura em meio a tantas outras, quando ficam fazendo inspeção às áreas alagadiças e onde as águas estão baixando, para atestarem a presença do pescado. Voando, mantém o pescoço esticado e alterna períodos de batimento das grandes asas de mais de dois metros e meio de envergadura, com outros em que planam. Constrói grandes ninhos isolados sobre árvores altas, mas forma grandes grupos para se alimentar.

Encontrado desde a Região Norte até São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, também no México até o norte da Argentina, Paraguai e Uruguai. Habita campos com árvores esparsas às margens de grande rios e lagos, campos úmidos, pantanais e pastagens com lagoas, vivem no alto das árvores, nos pantanais.

Caça sua presa tanto em campos secos de gramíneas quanto em alagados. Alimentam-se de peixes, anfíbios, moluscos, insetos, répteis e também de pequenos mamíferos e restos de animais.

Sua função no Pantanal é muito importante, uma vez que fazem o papel de “limpadores” das áreas porque, em determinadas épocas, o pescado morto é volumoso na região, atingindo milhares de toneladas, e a decomposição é acentuada. Também outras espécies de aves, realizam a limpeza da região, mesmo já iniciada a fase de decomposição.

Fora do período reprodutivo pode ser visto solitário, em pares ou em grupos de até centenas de indivíduos. As maiores populações ocorrem no Pantanal de Mato Grosso, onde foi escolhido como animal símbolo, e no Chaco Oriental, no Paraguai.

Faz ninhos isolados ou em grupos de até 6, às vezes, junto aos ninhos de outras garças. O ninho é construído com ramos secos e chega a ter mais de 1 m de diâmetro externo. Sempre no alto das árvores do pantanal, esse ninho é trabalhado pelo casal.

A postura consiste em 2 ou 3 ovos, ambos trabalham na incubação e nos cuidados com a prole, às vezes, o ninho é também bastante rico em plumagem, para auxiliar na proteção da postura. Esse animal é caçado clandestinamente na Amazônia...


Assessoria de Comunicação Organizacional da 5ª Cia PM Ind MAT

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